25 junho 2007

Centro da cidade... Uma arquitectura singular!


O Brasil, na segunda metade do século XVIII e durante o século XIX foi o lugar propício para a acumulação de fortuna. Milhares de portugueses emigraram para lá por essa altura e, aquando do retorno, as vilas do Minho passaram a ser o lugar privilegiado para projectos de investimento comercial e urbanístico. Fafe deve a estes retornados brasileiros uma arquitectura singular que ajudou a edificar o nosso centro urbano.
Quem passa pelo centro da nossa cidade, repara nas inúmeras marcas dos “brasileiros” em Fafe, sobretudo as casas construídas no centro da cidade entre 1860 e 1930, apresentando características arquitectónicas e aspectos decorativos próprios, como se poderá observar nos palacetes existentes na nossa cidade, nas casas com fachadas com azulejos, nas clarabóias e estatuetas, nas paredes grossas de pedra, portas ricamente almofadadas e pintadas a branco e ouro, entre outras características. Hoje em dia, muitas delas são consideradas património municipal mas, outras, foram destruídas e, actualmente, onde existiam outrora belíssimos exemplares desta arquitectura única, restam prédios desordenados e esteticamente desenquadrados da estética “brasileira”.

08 junho 2007

Pista de Cicloturismo conquista cada vez mais adeptos

A transformação da antiga linha férrea Guimarães-Fafe numa pista de cicloturismo é uma aposta ganha. Todos os dias, trabalhadores, estudantes e outras pessoas, montadas em bicicletas, utilizam-nas nas suas deslocações. Uma dúzia de operárias de uma fábrica de camisas vimaranense agradeceu a transformação da extinta linha férrea entre Guimarães e Fafe numa pista de cicloturismo. Desde o início do ano, altura em que a pista ficou transitável, as trabalhadoras trocaram os autocarros e os automóveis pela bicicleta como meio de transporte para se deslocarem de casa para o trabalho. Para além do dinheiro do passe mensal, garantem que ainda fazem ginástica” e apanham ar fresco. Como elas, outros trabalhadores e estudantes percorrem diariamente alguns dos 16 quilómetros que ligam Aldão, em Guimarães, até à cidade de Fafe.
Depois da desactivação da linha de comboio, e após muitas negociações com a CP, a autarquia fafense, primeiro, e a de Guimarães, depois, decidiram alcatroar a velha linha férrea e transformá-la numa pista des­tinada a ciclistas e a patinadores, o que deixou satisfeita a po­pulação das duas localidades que, sobretudo ao fim-de-sema­na, não se cansa de passear de bicicleta pela pista.
A pista de cicloturismo, depois de alguns problemas iniciais, é agora um dos ex-libris das duas cidades.
O único senão parece ser apenas a persistência de alguns automobilistas, que, apesar das proibições camarárias, fazem questão de circular de automóvel na pista, que, atravessada por alguns caminhos municipais, tem entradas e saídas limitadas através da colocação de pequenos pinos em betão, para impedir a entrada de automóveis. Mesmo assim, alguns acabam por entrar, bem como alguns motociclos, que se transformam numa ameaça para os ciclistas.
Para além dos ciclistas que, por prazer, percorrem os quiló­metros da pista e daqueles que aproveitam a rapidez do percurso para se deslocarem para o trabalho, o circuito é ainda utilizado por muita gente que usa a via para os chamados “passeios digestivos”, gente que, sem nenhuma razão especial e com muita calma, passeia pelo local enquanto aprecia a paisagem.
Apesar do movimento, parece haver consenso entre os utilizadores que o percurso no concelho de Fafe é mais utiliza­do do que o de Guimarães.